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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

um pouco da história - capítulo 4

(um brinde a vitória)

Dos Encontros e da Arquitetura 


Em uma noite corrida cinco jovens estudantes de arquitetura de Belo Horizonte tomavam uma decisão séria, sem saber ao certo as implicações do que faziam. Deveriam competir com a cidade do Rio de Janeiro para sediar o encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura de 2009? A dúvida era inevitável, eram estudantes, eram jovens, tudo era novo, como a cidade que queriam mostrar ao mundo. Decidiram então naquela noite que iriam para Belém do Pará de ônibus, isso depois de ir para a cidade de Vitória de onde sairiam em uma saga rumo solo paraense através do serão. Uma ponta de superstição os fazia acreditar que o nome da primeira das escalas (Vitória) era um sinal de sorte, era preciso acreditar muito em tudo que fosse possível tendo como adversária a cidade do Rio de Janeiro, a “cidade maravilhosa”, que por sinal enviara um ônibus inteiro para o encontro de Belém. No mais a travessia foi perfeita, mineiros e capixabas se davam muito bem, comportam-se como amigos que vez por outra se visitam. A adesão deles à ousadia dos cinco mineiros tímidos (mas muito empolgados) foi o primeiro vislumbre palpável de que poderia-se conseguir a outra vitória, que seria vista ao fim do Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura em Belém. 



Aos dias de viagem se seguiram outros de muita correria, dúvidas, reuniões, festas e brincadeiras em solo paraense, nós mineiros buscávamos descobrir o que poderíamos mostrar de melhor e mais legítimo. Mostrar para as pessoas que uma cidade como Belo Horizonte, com apenas 111 anos, tinha muita coisa a oferecer aos estudantes de arquitetura e urbanismo do Brasil inteiro. Nós mesmos só descobrimos (será que descobrimos?) o que é nossa cidade ao buscar o material e a escolha do caráter que adotaríamos em nossa campanha. Vínhamos de uma cidade planejada para ser capital de Minas no fim do século XIX, o primeiro grande marco da república, onde pela primeira vez Niemeyer e JK se uniram na construção do conjunto da Pampulha na década de 1940, onde as lutas pela volta à democracia no fim dos anos 80 deixaram marcas políticas e sociais que hoje suplantam as lutas partidárias e marcam o próprio caráter da cultura local. A mesma cidade que cresceu desordenadamente durante o regime militar, que viu seu antigo projeto transbordar em uma caótica malha urbana periférica, que vê seus jardins, serras e rios originais transformados em avenidas e loteamentos suspeitos. Uma cidade que enfrenta problemas comuns a muitos centros urbanos do dito “mundo em desenvolvimento”, que busca alternativas para consolidar um futuro mais justo, mas não se engana sobre as dificuldades existentes. Por causa de tudo isso definimos que o eixo temático do encontro seria Utopia & Realidade. 




Não sei ao certo se é pela cidade da qual gostamos tanto, se é pela paixão natural da juventude, fato é que conseguimos trazer para Belo Horizonte o encontro de 2009 e ver isso acontecer foi uma das coisas mais belas de 2008, que esperamos e estamos trabalhando para que se consolide em 2009. Queremos ver a utopia converter-se em uma realidade, certamente uma realidade diferente, Oxalá mais bela ainda do que imaginamos em nossas ingênuas utopias. Conhecer Belém foi a outra das coisas belas deste ano que termina, uma cidade fantástica encravada no meio da Amazônia, um lugar que sequer conseguia antes visualizar e que agora deixa saudades profundas. Queremos que todos vejam como é rico, como é múltiplo o nosso país, como proliferam particularidades nesse território imenso que os encontros nos levam a percorrer. Ah, e como é belo o valor da amizade, que foi o nosso principal trunfo para buscar esse encontro para Belo Horizonte. Não ter dinheiro para pagar um avião foi em nosso caso uma benção, e nos ofereceu imagens fundamentais para nossa formação, já nem digo de arquitetos, mas de seres humanos, mas não acredito que possamos ser bons arquitetos sendo seres humanos incompletos. Tudo isso pode ser mera repetição, um monte de clichês, mas um pôr-do-sol é um clichê e teimo em ainda assistir todos que posso e me encantar sempre. Obrigado Vitória, obrigado Belém, obrigado Brasil. Como diria “o velho” o que importa não é arquitetura, são as pessoas!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

PROMOÇÃO

pessoal,

A comorg do ENEA está preparando uma promoção que irá selecionar o primeiro inscrito do encontro. Poderá ser um concurso de fotografia, texto, vídeo que envolva a temática "UTOPIA E REALIDADE".

Então prepare a criatividade. E em breve mais notícias...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Série Culinária 02

Continuando a série, vai aí a receita de mais um prato típico da deliciosa culinária mineira...

FEIJÃO TROPEIRO




Ingredientes:
500 g. de Feijão Cozido
300 g. de Lombo cortado em cubos
100 g. de Torresmo cortado em cubos
1/2 maço de Cheiro-Verde
2 xícaras de farinha de milho
1/2 xícara de alho batido com óleo)
2 Ovos
1 Pitada de Pimenta-do-Reino
Sal a gosto
50 g. de bacon
1 Cebola grande picada em cubos
1 pouco de couve picada bem fina (1/2 maço)

Como fazer:
Colocar a panela em fogo brando até aquecer bem.
Sempre fazer um fundo de panela com o bacon, o lombo, o cheiro verde e alho, depois os ovos. Misturar bem, colocar a couve bem fina e jogar o feijão e, por último a farinha de milho. Para acompanhar, por cima, salpicar com torresminho bem pururuca.

Sugestão:Sirva acompanhado de arroz, couve e lombo

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

VEM QUEEUTE PEGO - A festa!

E PRA ENCERRAR BEM O SEMESTRE, AS FACULDADES DE ARQUITETURA DE BELO HORIZONTE APRESENTAM:

VEM QUE EU TE PEGO...! - A FESTA!

DIA 6/12 - LA BOMBONERA - BURITIS

OPEN BAR!!!!

R$20,00 ANTECIPADO
R$25,00 NA HORA

OPEN BAR!!!!

VENDAS:
Babi – 9802.1590
Rafiuskis – 9277.8305
DA'S DE ARQUITETURA

REALIZAÇÃO: COMORG ENEA BH 2009 - VEM QUEUTE LEVO!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Série Culinária 01

estreiando as Séris do Blog do ENEA BH, vamos colocar aqui o que todos estavam querendo em Belém... a receita do melhor Pão de Queijo que Belém ja viu.... 

PÃO DE QUEIJO





Ingredientes:
5 xícaras de polvilho doce
3 xícaras de queijo minas curado ( tipo padrão) ralado 
6 ovos
1 xícaras de óleo
1 xícaras de leite
1 xícaras de água
Sal

Preparo:
Ferva o leite, o óleo e a água juntos. 
Escalde o polvilho e amasse bem até que esfrie um pouco.
Acrescente os ovos, um a um e vá amassando até que incorpore à massa.
Junte o queijo.
Faça bolinhas, com as mãos untadas.
Leve para assar em assadeira untada com óleo e em forno preaquecido bem quente.
Não deixe corar muito.

aproveitem... e treinem... em breve mais de BH

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ser Belorizontino

Você sabe como se escreve Belorizontino.
Você sabe que a Savassi não fica na França.
Você já participou de pelo menos um campeonato de Peteca.
Você já tentou dar a volta na Lagoa da Pampulha de bicicleta partindo da frente do Iate, do PIC ou do Museu. (Existem lendas vivas que conseguiram).
Você acha a maravilhosa vista da Orla da Lagoa da Pampulha a coisa mais normal do mundo.
Você acha a maravilhosa vista da Serra do Curral a coisa mais normal do mundo.
Você acha que ver montanhas no horizonte é uma coisa totalmente corriqueira.
Você sabe por que a Serra do Curral chama-se Serra do Curral.
Você já andou de bicicleta ou patins no estacionamento do Mineirão ou na Praça do Papa.
Você já foi ao Mineirão pelo menos uma vez, nem que tenha sido naquelas excursões básicas da escola.
Você sabe que o verdadeiro nome do Mineirão é Estádio Governador Magalhães Pinto.
Você sabe que Redondo não é um cara gordo.
Quando alguma coisa é muito engraçada, você racha os bico.
Quando alguém fez alguma coisa muito bem, esse alguém teve as manha.
Você sabe que quando alguém te chama para ir ao Mc Donald’s, vocês não vão apenas lanchar. (Comentário p/ quem não é de BH: quando a galera vai ao Mc Donald’s fica lá umas 3 horas, então lancha e fica lá mais 3 horas…).
Para você o Mc Donald’s é o ponto de encontro. Principalmente o da Savassi e o do Ouro Preto. (Comentário p/ quem não é de BH: Savassi e Ouro Preto são bairros. Muitas vezes a galera junta no Mc Donald’s e não come nada).
Você sabe o que é um coreto.
Você vai à Praça da Liberdade ver a iluminação de Natal. Ou você pelo menos tenta. Porque é impossível estacionar o carro, então você fica dando voltas ao redor da praça com o carro no meio de um congestionamento monstro tentando ver os detalhes.
Você já fez pão de queijo ou já viu alguém fazer pão de queijo.
O pão de queijo da sua avó é o melhor.
Todo domingo você almoça na casa da sua avó.
6 entre cada 10 amigos seus tem pelo menos 1 banda de rock (Muitos tem 3,4…)
Você sabe que a natureza é implacável, porque se o cara nasce mané, ele cresce mané, ele morre mané.
Você conhece pessoas que medem as distâncias com morros. Ex.: “Daqui até lá são 3 morros.”
Você sente vertigem em lugares planos.
Você não tem mar por isso vai ao bar.
Você não sabe o que é maresia.
Você acha que homens se vestirem de mulheres e vice-versa e irem para a Afonso Pena algumas semanas antes do Carnaval é normal. (Fenômeno conhecido como Banda Mole) [Comentário para quem não é de BH: Afonso Pena é uma avenida de BH].
Comemorar as vitórias dos times na Savassi é tradição. Não só a vitória do seu time como também a derrota do rival.
Você vai ao Shopping pelo menos 1 vez na semana.
Quando alguém te chama para ir ao BH, você entende o que essa pessoa quer dizer.
Férias de Janeiro significa ir para a praia. (Cabo Frio ou Guarapari.)
Você sabe que a Feira Hippie não tem nada a ver com Woodstock e que lá praticamente não tem hippies.
Quando alguém te chama para tomar um cafezinho na casa dele “qualquer dia desses” você sabe que você nunca irá na casa desse alguém.
Você sabe de cor o telefone do Telepizza Mangabeiras.
Uai é ponto final, ponto de exclamação e vírgula.
Trem é a palavra curinga.
Você já deve ter dito a frase: “Eu fui ali no trem coisar o troço.”
Qualquer um é veio, ou véi.
Você tem um churrasco para ir todo final de semana.
Você adora ir ao Mineirão ou Mineirinho quebrar um recorde básico de público.
O Parque Guanabara faz parte da sua infância.
Você já sentiu a força da gravidade na Rua do Amendoim.
Você já fez caminhada ecológica para ver as cachoeiras da Serra do Cipó.
Você não vê nada de estranho em uma Igreja em forma de montanha.
Você já foi soltar papagaio na Praça do Papa.
Você já andou de pônei no Parque Municipal.
Você sabe que o nome: “Pirulito da Praça 7″ é obsceno mas é tão comum que Você simplesmente esquece isso.
Você sabe que Pampulha é uma região e não um bairro.
Você pode até não gostar de café, mas você já foi ao Café 3 Corações
O dia 15 de agosto é feriado para você.
Você entende a música Garota Nacional do Skank.
Você já deve ter encontrado a Fernanda Takai do Pato Fu pelas ruas de BH. (Se nunca encontrou, não preocupa porque fatalmente você vai encontrar).
Você sempre conhece alguem do Skank, Pato Fu, Jota Quest ou até Tianastácia.
Você já foi ao Mercado Central comprar bichinhos. (Principalmente Hamsters e Porquinhos da Índia)
Quando você entende alguma coisa você fraga.
Você sabe quando está sendo mascado. (Na maioria da vezes…)
Você não agüenta mais a quantidade de semáforos sem nenhum sentido lógico.
Você sabe que a Seis Pistas não tem nem nunca vai ter Seis Pistas [Comentário - Seis Pistas é um segundo point de BH um local onde se encontram algumas das melhores boates e casas de shows].

Se você não entendeu absolutamente nada desse texto, bem-feito, você não tem o prazer de morar em Belo Horizonte!

Mas se você entendeu pelo menos a metade…. Parabéns! Você realmente é Belorizontino!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Texto Base (versão 0.2)

Utopia & Realidade
 
Desde 1789, o espírito republicano imaginou para Minas uma nova capital. Em sucessivas tentativas ao longo do século XIX esse desejo voltava à tona, mas só foi possível com a proclamação da república. Naquele momento, a utopia republicana produziu em Minas seu primeiro grande gesto, a construção de uma nova cidade, uma nova capital, construída segundo os padrões do urbanismo, área do conhecimento que então dava seus primeiros passos e se pretendia a solução para os problemas das cidades. Nessa mesma cidade, 50 anos depois uma outra utopia(ou seria a mesma) começa na Pampulha, palco em que Niemeyer e JK iniciam a simbólica parceria que culminaria na construção de Brasília, na tentativa de implementação dos ideais modernistas e desenvolvimentistas que levariam o Brasil ao panteão das nações desenvolvidas. Entre todas essas épocas nosso país viveu períodos de repressão violenta, note-se que não houve tempo para que tais realizações fossem discutidas, para se absorver o que cada uma produziu de melhor e corrigir o que cada uma trouxe de pior. Com a volta da democracia, conseguida a duras penas e ainda em consolidação, Belo Horizonte aparece novamente como lugar de experiências importantes no sentido de uma "prática utópica", ou seria de uma “realidade sonhada”? A participação popular e a produção cultural intensa talvez sejam a melhor expressão dessa nova utopia, uma utopia mais concreta pois surge dos desejos diversos, da tangência entre necessidades individuais e coletivas.
 
O Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura de 2009 ocorrerá em Belo Horizonte. Um tema recorrente, um tema sempre novo, a escolha da temática Realidade & Utopia está intimamente ligada à profissão a ser exercida por estes estudantes e à cidade onde se dará o encontro. Não é sem razão que o ENEABH 2009 escolheu uma inesgotável fonte dedebates e práticas para estruturar suas atividades, como forma de contemplar as mais diversas atribuições e interesses do futuro arquiteto e urbanista, definiu-se o tema(realidade & utopia), de maneira transversal a quatro eixos básicos:
 
-Um eixo voltado para as questões da estesia, das artes, da poética, voltado para a sensorialidade na arquitetura.
-Um eixo voltado para a escala da cidade, do urbano e de todas as questões sociais, políticas e econômicas a ele relacionadas.
-Um eixo voltado para as discussões e ações do projeto arquiteônico e paisagístico contemporâneo e às relações da escala humana com o projeto.
-Um eixo voltado às discussões históricas e críticas da arquitetura, ao pensar.
 
Dentro de todos estes eixos serão promovidas, simultaneamente, atividades diversas que discutirão a interface Realidade/Utopia. É fundamental compreender que os eixos não são categorias estanques, compreender que eles se interrelacionam e definem um foco para a estruturação do encontro. O objetivo básico é permitir ao participante, futuro arquiteto e urbanista, a possibilidade de se aprofundar em áreas de seu especial interesse ou de transitar entre as áreas diversas segundo seu desejo. Enfim, o objetivo é permitir, é oferecer por meio do exercício da liberdade de escolha, a construção da utopia de cada um.